sábado, 27 de julho de 2013

Mês de julho - Filmes

Recebi recentemente uma pergunta no Ask.fm da Carla Stech perguntando sobre os filmes que eu assisti esse mês. Como nós já estamos no dia 27, resolvi fazer então uma super postagem falando um pouquinho sobre cada um dos filmes que eu ainda não falei. Fiz postagens individuais para o filme Neco z Alenky - Alice (inclusive atualmente estou lendo o livro, aliás), um sobre toda a franquia de Psicose, incluindo a série Bates Motel, um sobre o filme Valerie and Her Week of Wonders (que eu não vi esse mês, mas como fiz a postagem esse mês, então tá valendo) e também uma postagem coletiva sobre os filmes Vanilla Sky, Estômago e Spring Breakers que assisti no mesmo final de semana.

Lembrando que esse mês eu não vi muitos filmes, porque estava bem preocupada com o lance de achar emprego e também estava com algumas leituras pendentes que eu precisava terminar, coisa que também andei muito relaxada, li praticamente apenas uns dois livros e meio nesse mês e isso me deixa extremamente frustrada. E também assisti algumas séries junto com os filmes, das quais também pretendo falar sobre, mas não nessa postagem, pois pretendo terminar de assistir uma delas antes de falar sobre e quero fazer uma postagem à parte para falar sobre Hannibal que foi uma das séries que vi esse mês e sobre os episódios Fire e Pure de Skins. Agora que tudo já está quase certo na minha vida, eu já baixei alguns filmes que ando querendo ver e já estou planejando falar sobre alguns outros filmes que vi há um tempo atrás e gostaria de falar sobre aqui. Mas uma coisa de cada vez, né? Por hora, vamos aos filmes de julho!

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1. Pitch Perfect

Um dos grandes dilemas que eu tenho quando a minha melhor amiga vem dormir aqui em casa é entrar em acordo sobre qual filme assistir, visto que ela e eu temos um gosto ao mesmo tempo absolutamente parecido para filmes, mas também absolutamente controverso, então desperdiçamos pelo menos uma meia hora da provável uma hora que ela vai ficar acordada tentando decidir. Eu devo ter mais ou menos uns trinta filmes baixados no meu computador, mas nunca, obviamente, existe algum que ela queira ver e que se encaixe no meu humor do momento.
Aí aconteceu que eu disse pra ela ver o trailer desse filme e assistir na zoeira comigo, já que esses filmes no estilo bobo de comédia americana situados em colégios costumam ser agradáveis (ou idiotas engraçados) pra qualquer tipo de pessoa. Eu não costumo ver comédias, eu até evito todas elas, torço o nariz e admito que tenho preconceito, mas uma das boas coisas de se usar o Tumblr com frequência, é que sempre sabemos quais os filmes são realmente engraçados e não chegam a ser um American Pie da vida, no estilo onde só tem putaria, sexo e chatice.
Pitch Perfect é meio que... um High School Musical zoado, talvez. Eu teria dito Glee, mas como eu nunca assisti a um único episódio de Glee, eu não tenho parâmetro algum para comparar, então vou numa comparação a algo que eu já cheguei a ver alguma vez na minha vida. E o que surpreende mais? Esse filme é bom. E digo ainda mais: esse filme é muito, muito bom! A trilha sonora dele é recheada de músicas atuais como Rihanna, Britney Spears, Lady Gaga e todas essas rainhas e princesas e whatever the fucks do pop espalhadas por aí, mas é um filme muito divertido e bem bonito. Claro que esse tipo de filme sempre tem um propósito, nem que o propósito seja puxar uma lição de moral forte no final e esse também tem, só que essa mensagem e muito bonita: é sobre aceitar as diferenças e mostrar que as pessoas podem conviver umas com as outras e até mesmo serem amigas, independente das suas diferenças mais acentuadas. E não é pra menos: é uma menina mais esquisita que a outra e no final das contas elas fazem um grupo maravilhoso, com seus talentos individuais e aprendem umas com as outras. E ah, como me apaixonei pela personalidade da Amy. A querida Fat Amy - para que garotas magras e idiotas não a chamem pelas costas de gorda, ela mesma prefere se auto denominar simplesmente a Fat Amy. E ela é incrível, uma das minhas personagens favoritas do filme. Eu não digo nem de longe que perdi meu tempo vendo essa película, porque foi uma das melhores surpresas que eu tive entre os filmes aleatórios que eu costumo baixar pra assistir.

A minha nota: ★★★★★






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2. Ruby Sparks

Quando encontrei esse filme ao acaso, ao ver as promos pelo próprio Tumblr sobre ele, fiquei imaginando se esse seria um tipo de Mulher Invisível gringo e que estava levando o maior crédito de criatividade, sendo que o filme nacional que acabei de citar também é ótimo e ninguém nem conhece lá fora. Aí eu criei uma certa resistência a respeito de Ruby Sparks, mas ao mesmo tempo também, eu queria muito ver, porque parecia muito a minha cara.
A história do filme segue quase no mesmo embalo de Mulher Invisível mesmo, porém é um pouco mais romântico e um pouquinho mais bem trabalhado, em questão de roteiro. Calvin, o personagem principal, é um escritor que está passando por uma fase de bloqueio e é aí onde eu começo a me identificar. E o Calvin é um cara meio fechado, antissocial, sendo assim um pouco mais difícil conseguir criatividade sobre o que escrever, considerando que ele quase não sai de casa. Outra vez eu me identifico. Então ele acaba tendo um sonho sobre uma menina e assim que acorda, resolve escrever sobre ela. E aí ela acaba se tornando real. A garota dos sonhos e da ficção dele acabam aparecendo na sua casa e ela é ainda melhor do que ele imaginava que ela poderia ser. E pronto, o filme me ganhou, apesar de não ser aquela maravilha toda, mas é legal, é relacionável e isso é o que mais importa para mim, às vezes.
Só que as coisas fogem do controle, como era previsível, pois se você tem o controle absoluto sobre uma pessoa, é certo que você vai começar a pensar em formas de deixá-la perfeita, mesmo sabendo que a perfeição real está também em cada defeito que a pessoa possa vir a ter. A Ruby originalmente criada, já era perfeita, porque ela era uma pessoa de verdade, mas aí o Calvin acaba sendo influenciado pelo seu próprio poder e acaba estragando a sua própria criação. Uma hora ele deixa ela absolutamente relapsa e estúpida, depois disso ele acaba deixando ela dependente demais e por fim, ele acaba perdendo ela. Tem essa cena, quase lá pro final do filme em que o Calvin começa a torturar a Ruby, digitando sobre ela na frente dela, pra tentar provar pra nada daqui é real, que é de cortar o coração, quando ele percebe que naquele exato momento ele a perdeu. Ele teve a menina dos sonhos dele nas mãos e a perdeu por desejar que ela fosse perfeita. Como eu disse, posso me relacionar muito com esse filme e por isso gostei tanto dele, apesar dele ser meio monótono.
Calvin no final do filme, ao que se dá a entender, recebe uma segunda chance para começar de novo com a Ruby, sem que ela saiba ou talvez tenha sido uma coincidência apenas, eu não sei, talvez fosse pra soar ambíguo. É aquele tipo de filme bonitinho que a gente quer assistir quando tá na bad pra ficar feliz, ou quando a gente tá num humor leve, pra permanecer leve.

A minha nota: ★★★★☆







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3. Elena Undone

Esse filme é maravilhosamente lindo e eu vou dizer pra vocês o porquê. Eu sou apaixonada por esses filmes trash de temática lésbica, não é de hoje (entre os meus favoritos, possuo Show Me Love e Lírios D´Água, só pra vocês refletirem um pouco) e esse foi um desses filmes que conquistam o meu coração simplesmente porque são vistos exatamente no momento em que eu precisava vê-los. Ou num momento em que eu queria ouvir alguma coisa dita no filme pra conseguir recuperar a minha fé em algo, então esse filme foi perfeito no momento em que eu vi.
Confesso que a produção dele é péssima, assim como a trilha sonora que é horrorosa, quase parece aqueles hits pop de novela da Globo de 2002 pra menos ainda, mas devo dizer que as atuações e a química entre as duas atrizes - Traci Dinwiddie e Necar Zadegan - foi belíssima, deu muito certo. Não foi forçado como eu vejo em alguns filmes, foi tudo muito natural, acho que justamente pelo fato de que o filme foi um tanto trash.
A história do filme é mais ou menos um documentário sobre almas gêmeas e que não existe momento certo na vida pra que você encontre a sua e muito menos pessoa certa, você pode até mesmo se casar com uma pessoa e formar uma família, mas se algum dia desses tu esbarrar com a sua alma gêmea por aí, vai existir aquele famoso choque, você vai sentir as tais borboletas e vai conhecer o amor. E essa pessoa dificilmente vai ser aquela pessoa que te trata bem, ou aquela pessoa super atenciosa e amorosa, provavelmente ela vai ser uma pessoa com quem você não veja nada em comum entre vocês duas, mas no fundo, é a sua pessoa, é a outra metade da sua alma.
Esse filme me deu esperanças sobre a vida, pelo fato de que, além dele ser baseado totalmente em acontecimentos verdadeiros, mostra um lado bonito do amor, o lado de quando ele dá certo. Eu sempre tive essa inclinação fatalista a respeito de histórias de amor que dão certo, dizendo que o filme só acabou bem justamente porque acabou, mas às vezes eu também me inclino para esse lado de que sim, o amor pode terminar bem ou mesmo nunca terminar, apenas continuar acontecendo.
A história central, é a história de Elena, já casada e com um filho e que, depois de ter formado a sua vida, acaba encontrando em Peyton a sua alma gêmea, acaba se apaixonando total e infinitamente pela primeira vez. E é claro que é difícil para uma mulher que sempre imaginou que era hétero se apaixonar por outra mulher. Esse é outro filme com o qual eu me relacionei e muito, mas me vejo muito na Peyton, tendo que lidar com a Elena e com as vontades dela, com o que ela causou na sua vida. A vontade de ir embora, a certeza de que ela não conseguiria. Foi um filme que mexeu tanto comigo que eu fico extremamente grata em tê-lo baixado sem querer e mais grata ainda por ter resolvido assisti-lo em um dia de chuva onde tudo parecia errado. Foi um filme que deixou minha alma leve por pelo menos alguns dias depois de tê-lo visto.

A minha nota: ★★★★★








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4. Cashback

Esse foi outro filme que eu achei ao acaso, quando fui buscar no Youtube uma música que gosto da banda Broken Family Band chamada It's All Over, esperava achar apenas aqueles vídeos com montagens de Skins, já que a música pertence à trilha sonora da primeira temporada, mas acabei achando um video com a música e cenas do filme com a atriz Michelle Ryan, aí eu resolvi baixar pra assistir e acabei me surpreendendo bastante.
Eu assumo que o andamento do filme é meio enfadonho, o roteiro dele é meio vazio, mas também é absolutamente poético, quando pegamos a parte artística dele. Não sei se vou saber explicar bem, porque o filme à mim não pareceu como uma espécie de ficção científica, mas tem esse rapaz, Ben, termina com a namorada Suzy, por um motivo que eu foi o que me fisgou a atenção ao filme, ele não conseguia sentir que estava fazendo ela feliz, então ele a deixou, mas depois ele a queria de volta e ela não queria mais, bem típico. Mas a parte bem fictícia é essa habilidade que o Ben tinha de congelar o tempo quando ele queria. Esqueci de mencionar no começo do texto, mas ele estuda numa escola de artes e depois passa a trabalhar em um mercado pra ocupar o seu tempo e não ficar pensando em Suzy, sua ex. O filme é um pouco arrastado, mas acho que a intenção era essa, porque tem um momento que ele diz que faz uma semana e parece que já passou um mês no filme. O que eu achei um pouco relacionável com a própria forma que às vezes o tempo parece correr para mim, quando assumo rotinas em três dias ou em uma semana e parece que estou fazendo aquilo há séculos ou coisas desse tipo.
Aos poucos, Ben consegue esquecer a Suzy e passa a se envolver com uma menina do seu trabalho, a Sharon e seguir com a sua vida. Até que, quando está tudo bem, a Suzy acaba aparecendo de novo apenas pra estragar tudo. O que me prende nesse filme, é exatamente essa forma com que ele parece se arrastar e ao mesmo tempo não ter passado tempo algum, exatamente como o próprio tempo que se arrasta ou corre quando bem entende. E uma passagem do filme que para mim foi a que vai ficar marcada sobre ele, que é quando ele fala pra Sharon algo como "você viu um segundo de uma história que durou apenas dois, mas isso já não importa mais, porque de qualquer forma eu não tenho o poder de voltar no tempo e mudar o que já foi feito".
Cashback é um desses filmes confusos, que quando mais a gente fala sobre ele, pior parece e menos vontade dá de assistir e só quem o assiste pode dizer que ele é bom, mas contando, parece péssimo. Então a única coisa que eu posso dizer é que se tiverem interesse, assistam ao filme, deem uma olhada no trailer e o vejam pela forma mais poética dele.

A minha nota: ★★★☆☆





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